segunda-feira, 26 de maio de 2008

Hidrelétricas / Mato Grosso

A luta contra as hidrelétricas se espalha pelo Brasil


Etnias indígenas recrudesceram nesta semana sua posição contra projetos de construção de hidrelétricas na Amazônia. A imprensa apenas noticiou a agressão sofrida por um engenheiro da Eletrobrás em Altamira (PA), durante apresentação do projeto da usina de Belo Monte, no rio Xingu. Mas não deu atenção aos protestos de cinco dias de nove etnias no interior de Mato Grosso. Cerca de 500 índios fecharam a estrada que liga Juína a Cuiabá de domingo a quinta, denunciando, entre outros pontos, danos provocados por usinas hidrelétricas.

Os índios concordaram em liberar a estrada depois de duas horas de negociações, mas sem terem tido garantias de que o problema das usinas terá solução. Na pauta, priorizaram necessidades básicas relacionadas ao atendimento da saúde indígena, e com isso desfizeram os acampamentos que interditavam a estrada. Ainda assim, tomaram como reféns o chefe do distrito sanitário especial indígena de Cuiabá, Paulo Almeida, o antropólogo Miguel Foti, representante da presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), de Brasília e o assessor da diretoria de assistência da Funai, também da sede, Eimar Araújo. “Só vamos liberá-los quando começarmos a ver solução para as nossas reivindicações”, falou a liderança indígena Fernando Dinuru.

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