segunda-feira, 12 de maio de 2008

Exploração da mão de obra Infantil.


Complicado. Se ficar o bicho come se correr o bicho pega. Imagina só um avô não poder fazer nada por uma Neta. "fico preocupado com minha neta sozinha em Pequim, mas se ela ficar aqui comigo vai morrer de fome" disse o avô ao ser entrevistado sobre a exploração de mão de obra infantil por industrias da China. Ele não tem opção.

As crianças saem das escolas para trabalhar na indústria, saem para trabalhar em Pequim com documentos falsificados com a ajuda de um agente facilitador de mão de obra barata para as indústrias. E um falsificador como esse ainda tem a cara de pau de dizer que está apenas dando uma chance à criança.

É verdade que na china está todo mundo atrás de qualquer quantia para lutar pela sobrevivência. Isso acontece, pois, não há ânimo para continuar estudando, não tem comida, não tem brincadeira, não se pode contar com os pais, falta água, o ar é poluído a tal ponto de alguns atletas se recusarem a participar dos jogos olímpicos em virtude da qualidade do ar.

É complicado. A gente aqui do Brasil pensa que não temos nada haver com isso. A humanidade precisa de uma nova consciência, dizendo melhor, precisamos de uma ligação mais profunda com as reais necessidades. As catástrofes naturais atingem o mundo, hoje mesmo a China foi atingida por um terremoto básico, 7.8 na escala, e pode ter deixado 10 mil feridos, apenas um tremor, suficiente para deixar a população aflita. Na minha opinião, isso tudo se deve ao fervor que comunidade mundial tem vivido.

O mundo tem perdido saúde para ganhar "desenvolvimento", ganhar dinheiro. Depois com o dinheiro conquistado não dá pra comprar a saúde da terra novamente.

A China é o principal exportador de materiais que usamos freqüentemente. Brinquedos, eletrodomésticos, televisores (a febre do plasma), a febre de consumismo em busca de afirmação da personalidade. Só é bonito e interessante quem tem mais e mais. A comunidade mundial está sempre em busca de personalidade através do poder de compra. Além disso, tudo é praticamente descartável. E isso tudo dá força para que as crianças da China trabalhem 7 horas por dia, 35 por semana e ganhem muito pouco, deixem de freqüentar a escola.

A degradação das crianças é a principal degradação ambiental, isso poucos lembram como fator de preservação do meio ambiente. Se não tivermos mais crianças (crianças) realmente conectadas com a consciência, não teremos mais ambiente. Mas não é de se espantar que a China degrade as crianças, talvez seja a ultima "coisa" que falta para degradar naquele país em busca de desenvolvimento.

Esse foi meu complemento à resposta do parceiro Javier Martinez sobre uma matéria interessante recebida por ele que mostra um pouco dos números da exploração da mão de obra infantil e barata na China.

Neste momento também evoco a reposta do Parceiro Javier, afim de provocar uma reflexão maior sobre nossos atos e melhorar o nível dos atos futuros. A situação no Brasil também é complicada. Segue abaixo:

Aquele que nunca comprou um produto chinês que atire a primeira pedra...

Ou, pelo menos, aquele que sabe da procedência e de como é fabricado cada produto chinês...

Ou, pelo menos, que atire a primeira pedra quem sempre leva em conta a indústria nacional antes de comprar um produto chinês e faz uma comparação de preços...

Bom, então pode atirar a primeira pedra quem só compra produto chinês certificado pela fundação Abrinq (sendo brinquedo) ou que tenham selos ISO pela empresa produtora, selos INMETRO pelo teste de qualidade...

Bom, se não temos atiradores potenciais tenho uma mais fácil: aquele que faça algum tipo de compensação ao meio-ambiente já que os chineses não ligam para isso e se compramos deles, estamos atingindo o planeta quase diretamente...

Só me resta pensar que o nosso silêncio alimenta a fome da China pela produção, nossa conivência efetiva a incorporação de crianças no mercado de trabalho, e o mundo inteiro não pode diminuir o impacto que esse país causa ao planeta...
Com que nos indignamos então?

Um comentário:

Anônimo disse...

VocÊ disse que eu queria dizer..
A exploração infanil e o modo como estamos vivendoo no mundo, já está bastante sério!!
Eu queria parabénlizar essa reportagem.
Obrigada,
Letícia Guimarães.